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Médico afirma que há tratamentos para o sobrepeso para evitar que paciente chegue à obesidade

Oficializado em 2008, dia 11 de outubro é o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade (Lei nº 11.721). A data já havia sido reconhecida pelo Governo Federal em 1999 e instituída como Dia Nacional de Combate à Obesidade.

Prevenir, segundo especialistas, é mais assertivo do que combater e a educação é o fundamento para que o índice de obesidade no País comece a diminuir. Hoje, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 20,8% da população brasileira está obesa e 56,9% das pessoas estão com excesso de peso.

Tratar o sobrepeso e evitar que pacientes cheguem à obesidade é um dos caminhos, segundo Giorgio Baretta, clínico e cirurgião especialista no aparelho digestivo, em entrevista exclusiva ao Canal Spatz.

Canal Spatz: Nos últimos anos, o Brasil vem subindo posições no ranking de países com maior número de obesos. O que estamos fazendo errado?

Giorgio Baretta: O mundo inteiro está ficando mais obeso. A vida moderna nos faz cada vez mais gastar menos calorias. São elevadores e escadas rolantes ao invés de subir pelas escadas normais, carros com vidros elétricos ao invés de manuais, cada vez mais trabalho e menos tempo para atividade física e obviamente cada vez mais alimentação. A obesidade hoje é uma epidemia e afeta o mundo inteiro.

Canal Spatz: Em sua opinião, qual é a melhor maneira do País combater a obesidade, como medida emergencial, nesta atual conjuntura?

Giorgio Baretta: A melhor maneira são programas de educação desde a infância. Educação alimentar, incentivo à atividade física e ao consumo de alimentos menos calóricos. Devemos sempre tratar a causa e não a consequência.

Canal Spatz: Qual é o papel da indústria alimentícia neste cenário?

Giorgio Baretta: A indústria tem um papel de grande importância, pois os alimentos saudáveis são mais caros e os industrializados (carboidratos e gorduras) mais acessíveis à população. O correto seria sobretaxar estes alimentos mais calóricos e reduzir impostos dos alimentos saudáveis, tornando-os mais acessíveis à população.

Canal Spatz: Qual é a importância da medicina preventiva no combate à Obesidade?

Giorgio Baretta: Reeducar a população, para evitar a obesidade ou até mesmo tratar as formas iniciais de obesidade são as principais medidas da medicina preventiva.

Canal Spatz: Quais são os principais tratamentos disponíveis para a obesidade e quais as principais diferenças entre eles?

Giorgio Baretta: Temos alguns tratamentos para as pessoas obesas. Um deles é o Tratamento clínico, com o uso de medicamentos para redução do apetite, chamados anorexígenos. Acompanhamento com endocrnologista, nutricionista e psicoterapia. Outro tratamento é com oBalão intragástrico. Uma prótese de silicone é colocada por endoscopia no estômago para reduzir a infesta alimentar (redução da ingestão de alimentos) do paciente e causar maior saciedade e consequente perda de peso. Reduz-se em média 20% do peso do paciente. A Cirurgia bariátricaé a medida extrema. É a dita redução do estômago, podendo ter ou não desvio do intestino. Indicada apenas nos casos mórbidos com, geralmente, doenças associadas como pressão alta, diabetes, colesterol elevado, apneia do sono e outras.

 

– Diagnóstico

O primeiro passo para diagnosticar o sobrepeso ou a obesidade é usando o IMC, parâmetro adotado pela Organização Mundial da Saúde.

IMC é a sigla para o Índice de Massa Corporal, uma medida utilizada para identificar o peso ideal, conforme a altura de cada pessoa. O IMC acima de 25kg/m² é um alerta para a saúde, pois indica o sobrepeso. O IMC acima de 30kg/m² sinaliza a obesidade.

Ao menor sinal de sobrepeso, é muito importante consultar um médico especialista para uma avaliação de possíveis tratamentos.

Giorgio Alfredo Pedroso Baretta

Clínica e cirurgia do aparelho digestivo

CRM-PR 18910

RQE CIRURGIA GERAL: 13897

RQE CIRURGIA DO APARELHO DIGESTIVO: 14294

 

Graduado em medicina pela Universidade Federal do Paraná (2001). Residência médica no Hospital de Clínicas da UFPR em cirurgia geral (2002 e 2003) e cirurgia do aparelho digestivo (2004-2005). Chefe dos residentes em 2005. Especialização em endoscopia digestiva pelo Centro de Vídeo-Endoscopia Iguaçú – Hospital Sugisawa em 2006 e 2007. Mestre e Doutor em cirurgia pela Universidade Federal do Paraná. Fellow em cirurgia minimamente invasiva na Universidade de Bordeaux II, M.S.P.B. Bagatelle, Bordeaux – França. Membro titular e especialista em Cirurgia Geral pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC). Membro titular e especialista em Cirurgia do Aparelho Digestivo pelo Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD). Membro titular e especialista em Endoscopia Digestiva pela Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED). Membro titular e especialista em videocirurgia pela Sociedade Brasileira de Videocirurgia (SOBRACIL). Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM). Cirurgião dos Hospitais Vita Batel, Sugisawa, Santa Cruz – Curitiba e São Lucas – Campo Largo. Endoscopista do Hospital Vita Batel em Curitiba – PR. Cirurgião Chefe do Serviço de Cirurgia Bariátrica do Hospital São Lucas em Campo Largo – PR.