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Obesidade e síndrome metabólica: qual a diferença?

Tanto a obesidade quanto a síndrome metabólica são doenças que surgiram  se espalharam pelo globo terrestre numa velocidade assustadora após a industrialização, ao longo da modernidade. E elas estão associadas!

Quer entender o que significa cada uma delas, seus sintomas e riscos? O Canal Spatz explica!

O que é obesidade?

A obesidade é uma epidemia global. Essa é a conclusão de uma nova pesquisa divulgada mês passado (maio/2018) no Congresso de Obesidade, que aconteceu em Viena, na Áustria. Hoje, 14% da população mundial são obesas e a previsão do estudo é de que esse número aumente para 22% em menos de 30 anos. Ou seja, até 2045, um quarto dos seres humanos serão obesos.

Engana-se quem trata a obesidade somente como um problema estético ou de aceitação social. Isto porque a obesidade é fator de risco para uma série de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs), doenças que se manifestam geral e principalmente na idade adulta. A maioria delas está associada a um estilo de vida não saudável, com efeito progressivo e debilitante. E o pior de tudo, a maioria até tem tratamento, mas não têm cura. São elas: hipertensão arterial, diabetes, cardiopatia, câncer, depressão etc.

Para se ter ideia do quanto as DCNTs são devastadoras, hoje 72% das mortes dos brasileiros estão associadas a essas doenças.

Mas o que caracteriza a obesidade na prática?

A obesidade é quando o indivíduo apresenta excesso de peso, caracterizado por uma participação de massa de tecido adiposo superior a 20% no seu peso total.

Uma maneira mais simples de se descobrir se está com obesidade é realizar o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), que equivale ao peso dividido pelo quadrado da altura, ou seja:

IMC = Peso (em quilos) / altura² (em metros)

Exemplos:

a) Uma pessoa de 110 kg e 1,60 m:
– IMC = 110 kg ÷ (1,60 m x 1,60 m) = 42,96 kg/m²

b) Uma pessoa de 75 kg e 1,80 m:
– IMC = 75 kg ÷ (1,80 m x 1,80 m) = 23,14 kg/m²

 A classificação baseada no IMC é a seguinte:

Baixo peso = IMC menor que 18,5 Kg/m²
Peso normal = IMC entre 18,5 e 24,9 Kg/m²
Sobrepeso = IMC entre 25 e 29,9 Kg/m²
Obesidade grau I = IMC entre 30 e 34,9 Kg/m²
Obesidade grau II = IMC entre 35 e 39,9 Kg/m
Obesidade mórbida = IMC maior que 40 Kg/m²

O exemplo “a” se enquadra no diagnóstico de obesidade mórbida, enquanto que o exemplo “b” é de uma pessoa com peso saudável.

Pessoas com IMC acima de 27 Kg/m² devem se preocupar com sua saúde e procurar um médico, pois seu peso já pode significar um fator de risco para uma série de doenças. Elas já podem ser, por exemplo, candidatas ao tratamento para emagrecer com o balão intragástrico ajustável.

O que é síndrome metabólica?

A síndrome metabólica é caracterizada pela associação de fatores de risco para as doenças cardiovasculares (ataques cardíacos e derrames cerebrais), vasculares periférias (obstrução de vasos que levam sangue para as pernas, aterosclerose) e diabetes.

A síndrome metabólica tem como base a resistência à ação da insulina, o que obriga o pâncreas a produzir mais esse hormônio.

É considerada uma pessoa com síndrome metabólica aquela que se enquadra em pelo menos três dos cinco fatores abaixo:

  • Circunferência abdominal maior que 102 cm em homens e 88 cm em mulheres
  • Níveis de triglicerídeos sanguíneos maiores que 150 mg/dl
  • Colesterol HDL (colesterol bom) menor que 40 mg/dl em homens e 50 mg/dl em mulheres
  • Pressão arterial maior que 130 /85 mmHg
  • Níveis de glicose em jejum maiores que 100 mg/dl Pessoas obesas e/ou portadoras da síndrome metabólica apresentam maiores riscos de desenvolver diabetes e doenças cardiovasculares

Qual a relação entre a obesidade e a síndrome metabólica, portanto?

É que pessoas com excesso de peso apresentam maior comorbidade (existência de doenças associadas) e maior mortalidade do que pessoas com peso saudável. O sobrepeso, como falamos anteriormente, já é suficiente para reduzir a expectativa de vida. O risco de morte chega a ser três vezes maior em obesos do que em pessoas com IMC normal.

Portanto, pessoas obesas têm mais chances de também serem diagnosticadas com síndrome metabólica, aumentando seus riscos de morte caso não façam um tratamento adequado.